O governo brasileiro está prestes a iniciar um projeto há muito esperado: a construção de uma ponte que conectará Rondônia à Bolívia. Esta ponte, chamada Ponte Internacional de Guajará-Mirim, será uma realização histórica que remonta aos acordos estabelecidos no Tratado de Petrópolis, assinado em 1903, quando o Brasil adquiriu o Acre.
Com uma extensão de 1,2 km, a Ponte Internacional de Guajará-Mirim será erguida sobre o rio Mamoré, conectando as cidades de Guajará-Mirim, em Rondônia, e Guayaramerín, na Bolívia. Este projeto está incluído no novo PAC (Programa de Aceleração do Crescimento) e é visto pelo governo brasileiro como um impulso para a integração na América do Sul.
Esta ponte será mais uma ligação terrestre entre o Brasil e seus vizinhos. Atualmente, o país conta com 12 pontes binacionais, duas em construção e outras três planejadas.
Um dos destaques é a famosa Ponte Internacional da Amizade, na fronteira com o Paraguai. Além disso, há estruturas que conectam cidades brasileiras à Guiana Francesa, Guiana, Peru, Uruguai, Argentina e à Bolívia.
O processo de construção da Ponte Internacional de Guajará-Mirim foi oficialmente iniciado em 2023, quando o ministro dos Transportes, Renan Filho, lançou o edital. A expectativa é que as obras comecem em 2025 e terminem em 2027, com um custo inicial de R$ 300 milhões. Isso incluirá não apenas a ponte, mas também a instalação de uma aduana e a construção de acessos viários.
Este projeto, embora seja um acordo de 2007, durante o governo Lula 2, só agora está saindo do papel. O projeto foi elaborado pelo DNIT em 2015 e atualizado em 2023.
A construção desta ponte não apenas honra os compromissos históricos estabelecidos no Tratado de Petrópolis, mas também tem o potencial de impulsionar negócios e fortalecer a região, de acordo com especialistas.
Além disso, a construção desta ponte também pode ajudar a reduzir tensões na região e fortalecer as relações internacionais do Brasil.
Embora haja entusiasmo em torno do projeto, também há preocupações ambientais. A ponte está planejada para uma área próxima de terras indígenas e unidades de conservação. O DNIT afirma que novos estudos ambientais serão realizados para avaliar os impactos e definir medidas de mitigação.
Além da Ponte Internacional de Guajará-Mirim, o governo brasileiro planeja construir mais duas pontes binacionais, conectando o Brasil à Argentina e ao Uruguai. Duas outras estruturas estão em construção para ligar o país ao Paraguai.