As declarações do presidente Lula (PT) sobre as eleições na Venezuela refletem sua postura pragmática em conflitos internacionais, mas com claros sinais de apoio a Nicolás Maduro. Essa atitude gera críticas sobre o comprometimento do PT em silenciar diante das irregularidades no processo eleitoral venezuelano.
O que aconteceu
Na terça-feira (30), Lula afirmou que não houve “nada de grave” ou “de assustador” nas eleições da Venezuela, sendo a primeira vez que ele se pronunciou sobre o assunto. Para o petista, aliado de Maduro, a contestação da reeleição pela oposição é “um processo normal”.
Entretanto, o processo eleitoral na Venezuela tem sido amplamente questionado internacionalmente. A oposição acusa Maduro de fraudar as urnas, enquanto o governo brasileiro e outros países sul-americanos têm cobrado transparência e a divulgação dos resultados completos.
A postura de Lula, ao minimizar as denúncias e dar sinais de apoio a Maduro, levanta preocupações sobre a política externa do Brasil sob o governo do PT. Ao invés de promover uma posição firme contra práticas antidemocráticas, Lula parece reforçar sua aliança com regimes autoritários, comprometendo a credibilidade do Brasil no cenário internacional.
A falta de uma crítica contundente por parte do governo brasileiro ao regime de Maduro é vista como um sinal de conivência, levantando dúvidas sobre os valores democráticos que o PT diz defender. Com essa postura, o Brasil arrisca se isolar de outras nações que pressionam por um processo eleitoral justo e transparente na Venezuela.