O ministro da Integração e do Desenvolvimento Regional, Waldez Góes, se reuniu nesta quarta-feira (26), em Macapá (AP), com membros da Caixa Econômica Federal, do governo do Estado do Amapá e do Banco da Amazônia para realizar um balanço da utilização do microcrédito no estado.
No ano passado, o MIDR lançou uma linha de microcrédito para estimular a agricultura familiar nas regiões Centro-Oeste e Norte. Foram previstos R$ 300 milhões em recursos financeiros operacionalizados pela Caixa Econômica Federal em áreas rurais, com repasses dos Fundos Constitucionais de Financiamento de ambas regiões.
A reunião foi uma iniciativa do ministro Waldez para agilizar a aplicação dos recursos especificamente no Amapá. “Estamos com recursos muito significativos para o nosso estado. Colocamos a Caixa para operar junto com o Banco da Amazônia, mas ainda estamos tendo alguns problemas de desencontro, por isso a reunião de hoje”, explicou Góes.
Segundo Waldez, há aprovados R$ 120 milhões no Fundo Constitucional de Financiamento do Norte (FNO) para o Amapá. “Estamos colocando todos os órgãos federais e estaduais juntos na mesa. Tem muito recurso, mas a gente precisa fazer com que as pessoas o acessem”, salientou o ministro.
A reunião foi importante para realinhar as expectativas e traçar um novo plano de trabalho em cima desses recursos.
Sobre o microcrédito
Com vigência de um ano, o MIDR celebrou em outubro de 2024 um acordo de cooperação, habilitando a Caixa Econômica Federal a operacionalizar investimentos em atividades produtivas agrícolas no âmbito do Programa Nacional de Microcrédito Produtivo Orientado (PNMPO).
Com o programa, mais de 30 mil agricultores familiares e microempreendedores em áreas que têm pouca cobertura bancária passam a ter acesso a crédito e serviços financeiros. A iniciativa abrange os estados de Goiás, Mato Grosso e Mato Grosso do Sul, na Região Centro-Oeste, e Acre, Amapá, Amazonas, Pará, Rondônia, Roraima e Tocantins, na Região Norte.
A presença das redes de agências e postos de atendimento da CAIXA permite que o programa chegue a localidades isoladas, o que é fundamental para beneficiar atividades de extrativismo, pesca, aquicultura e agropecuária em pequenas propriedades. Isso inclui agricultores familiares, assentados, comunidades indígenas e quilombolas, que enfrentam dificuldades para arcar com os custos e o tempo de deslocamento até os centros urbanos.
Fonte: MIDR