A adesão à vacina bivalente contra a COVID-19 tem sido preocupantemente baixa no Brasil, quase dois meses após sua disponibilização para todos os cidadãos com mais de 18 anos. Segundo uma pesquisa realizada pela Folha de São Paulo, apenas 13% da população elegível recebeu a nova dose.
O estudo revela que a cobertura vacinal é especialmente baixa entre os jovens, e a imunização infantil enfrenta sérios desafios, com menos de 2% de cobertura. Entre as crianças de 6 meses a 4 anos, somente 1,4% alcançou o esquema completo recomendado, que consiste em três doses do imunizante adequado da Pfizer.
Desenvolvida pela renomada farmacêutica Pfizer, a vacina bivalente oferece proteção contra a cepa original do vírus, que desencadeou a primeira onda da pandemia de COVID-19, bem como suas variantes. Para receber a dose de reforço, é necessário que a última aplicação das duas ou mais doses da vacina monovalente tenha ocorrido há pelo menos quatro meses. O novo imunizante está disponível para todos os adultos.
Em uma entrevista ao jornal, a renomada pesquisadora da Fiocruz e presidente da Sociedade Brasileira de Pneumologia, Margareth Dalcolmo, ressaltou a importância da imunização contínua com a vacina bivalente. “É extremamente prejudicial que a procura pela vacinação bivalente ainda esteja tão baixa no Brasil, considerando que estudos recentes têm demonstrado uma proteção adicional significativa contra as novas variantes em circulação”, afirma a especialista.
Diante desse cenário alarmante, é essencial conscientizar a população sobre os benefícios da vacinação bivalente e ressaltar a importância de completar o esquema vacinal, especialmente entre os jovens e nas faixas etárias mais vulneráveis. A adesão massiva a essa nova opção de imunização contribuirá para um controle mais efetivo da pandemia e protegerá a saúde de todos os brasileiros.