Nesta terça-feira (20), o presidente em exercício Geraldo Alckmin abordou a possibilidade de prorrogação do programa de compra de veículos com desconto, afirmando que o governo ainda não tomou uma decisão definitiva sobre o assunto. Segundo ele, o programa foi bem-sucedido.
O programa de renovação da frota é financiado por meio de créditos tributários, que são descontos concedidos pelo governo às montadoras no pagamento de tributos futuros. De acordo com o balanço divulgado ontem (19), 65% dos recursos destinados aos descontos em carros já foram utilizados.
“A extensão do programa não é uma decisão definitiva. Provavelmente, quando os R$ 500 milhões se esgotarem, o programa para carros também se encerrará”, afirmou Alckmin. “O estímulo continuará para caminhões e ônibus, pois leva mais tempo para utilizar os créditos, já que é necessário retirar das ruas um caminhão antigo ou um ônibus antigo para renovar a frota. Mas essa é uma decisão que será tomada posteriormente. Por enquanto, o fato é que o programa foi um sucesso”, completou.
No total, o governo reservou R$ 1,5 bilhão para o programa, sendo R$ 500 milhões para automóveis, R$ 700 milhões para caminhões e R$ 300 milhões para vans e ônibus. O programa tem um prazo de quatro meses, mas é provável que se esgote antes, assim que os créditos tributários acabarem.
Alckmin, que também é ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, participou hoje de um evento na Confederação Nacional da Indústria (CNI) sobre a regulação do mercado de carbono no Brasil e a competitividade industrial.
“A renovação da frota preserva empregos, substitui veículos antigos por novos que poluem muito menos e oferece maior segurança, especialmente no caso de veículos leves”, acrescentou o vice-presidente.
Os descontos no valor final dos carros incluídos no programa do governo federal variam de R$ 2 mil a R$ 8 mil e podem aumentar dependendo dos critérios estabelecidos pelas fábricas e concessionárias. O tamanho do desconto no preço dos veículos depende de três critérios: menor preço, maior eficiência energética (menos poluente) e maior porcentagem de conteúdo nacional, ou seja, o total de peças do carro fabricadas no Brasil.
No caso da renovação da frota de caminhões e ônibus com mais de 20 anos, é necessário comprovar que os veículos antigos foram retirados de circulação.
Alckmin avaliou que a redução da carga tributária estimula as vendas e a atividade produtiva, destacando a necessidade de redução das taxas de juros no país. Ele ressaltou que atualmente 70% das vendas de carros são à vista e que aqueles que não têm dinheiro para pagar à vista não conseguem comprar. “Enquanto os juros não caem