TLíder do governo defende favorecimento polêmico a montadora chinesa em reforma tributária

Economia

O líder do governo no Senado Federal, Jaques Wagner (PT), causou polêmica ao afirmar que o dispositivo que garantiria incentivos à montadora chinesa BYD, que substituirá a Ford no Polo Industrial de Camaçari, deve ser reintroduzido no texto da reforma tributária durante a análise dos senadores. Em uma entrevista à Rádio Metropole nesta segunda-feira (10), o senador do Partido dos Trabalhadores avaliou como uma perda a derrubada, pela Câmara dos Deputados, do mecanismo que asseguraria a convalidação de benefícios fiscais à gigante chinesa.

O dispositivo em questão tinha como objetivo estender o prazo para a convalidação dos benefícios fiscais, mas foi removido do texto da reforma tributária durante a avaliação dos destaques na última sexta-feira (7). Apesar disso, para Wagner, a aprovação do texto na Câmara foi uma “grande vitória” para o presidente Lula (PT) e para o presidente da Casa, Arthur Lira (PP-AL).

O líder do governo admitiu que nenhuma reforma tributária é fácil de aprovar, considerando as diversas dimensões e interesses conflitantes do Brasil. No entanto, ele destacou que essa aprovação já é uma conquista significativa para a equipe do ex-prefeito de São Paulo, Fernando Haddad, para as lideranças do PT, para o presidente Lula e para o presidente Arthur Lira.

As declarações de Wagner geraram controvérsia, uma vez que defendem um favorecimento específico a uma montadora estrangeira em detrimento de outras empresas do setor. A reintrodução do dispositivo na reforma tributária seria interpretada como um tratamento privilegiado à BYD, levantando questionamentos sobre a igualdade de condições e a transparência na política fiscal do país. Essa postura do líder do governo no Senado também pode ser vista como uma tentativa de atender aos interesses particulares em detrimento do bem comum.

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