Durante a recente Cúpula da Comunidade dos Estados Latino-Americanos e Caribenhos (Celac) com a União Europeia em Bruxelas, na Bélgica, a Dinamarca não anunciou nenhum investimento no Fundo Amazônia, frustrando as expectativas brasileiras de ampliar o apoio internacional. O evento, que encerrou nesta terça-feira (17), deixou uma sensação de desapontamento no Brasil.
Durante a cúpula, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) teve uma reunião bilateral com a primeira-ministra da Dinamarca, Mette Frederiksen. Durante o encontro, foi divulgado o desejo dinamarquês de apoiar a preservação da região amazônica. No entanto, nenhuma quantia específica foi anunciada formalmente.
O Fundo Amazônia, criado em 2008, sofreu interrupções durante a gestão do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). No entanto, foi retomado em 2023 e recebeu apoio financeiro da União Europeia no valor de R$ 108 milhões, do Reino Unido no valor de R$ 500 milhões e dos Estados Unidos no valor de R$ 2,5 bilhões.
Em sua live “Conversa com o Presidente”, o presidente Lula enfatizou a importância do Brasil assumir a responsabilidade pela preservação da Amazônia. Ele destacou que o Brasil é um país rico, com um orçamento considerável e que deve parar de se ver como um país pequeno e pobre. Lula ressaltou que, embora seja obrigação do Brasil tomar medidas para proteger a Amazônia, o país está aberto a receber apoio internacional nessa causa.
Apesar do desejo declarado da Dinamarca em apoiar a preservação da região amazônica, a ausência de um anúncio formal de investimento durante a cúpula deixou o Brasil desapontado e ansioso por obter um maior apoio internacional nessa questão crucial para a preservação do meio ambiente.