Após obter uma aprovação histórica da Reforma Tributária, o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP), concentra seus esforços em manter sua influência sobre os próximos passos da proposta no Senado Federal. Seu objetivo é garantir que os congressistas concluam a regulamentação do novo sistema até o final de 2024, ainda durante sua gestão na Casa.
Entretanto, o caminho para a regulamentação é delicado e envolve questões sensíveis, como o cálculo das alíquotas dos novos tributos e a definição de regras específicas para setores e atividades que receberam tratamento especial, como serviços financeiros, saúde, educação, transporte, entre outros.
A proposta enfrenta ceticismo em uma ala do Congresso Nacional, que duvida da capacidade de Lira em alcançar seu objetivo. O ano de 2024 será marcado pelas eleições municipais, o que torna o debate sobre a Reforma Tributária ainda mais controverso, já que os parlamentares podem relutar em votar em assuntos que possam impactar negativamente suas bases eleitorais.
Apesar do desfavorável cenário pré-eleitoral, a aprovação da Reforma Tributária representaria uma espécie de “selo de aprovação” para Lira, por conseguir um feito que implica em uma das maiores mudanças no sistema tributário nos últimos 60 anos. A conquista desse marco histórico fortaleceria sua posição política e legado como presidente da Câmara dos Deputados.
