PSDB busca reencontrar sua identidade política e atrair eleitores para 2026

Política

O Partido da Social Democracia Brasileira (PSDB), outrora principal adversário da gestão petista em governos anteriores, enfrenta desafios para encontrar sua identidade política e reconquistar eleitores após o esvaziamento ocorrido na última corrida presidencial, agravado pelas saídas de lideranças como João Doria e Geraldo Alckmin. Atualmente, a sigla enfrenta a falta de um projeto coeso que una suas lideranças e conquiste o eleitorado. Diante desse cenário, o partido está em busca de sobrevivência, exemplificado pela possibilidade de mudança de apoio na Bahia, onde o PSDB apoia a base do prefeito de Salvador, Bruno Reis, mas não descarta apoiar o governador Jerônimo Rodrigues (PT).

Em meio a esse contexto desafiador, o presidente nacional da sigla, Eduardo Leite, tem buscado uma nova estratégia para tornar o partido competitivo novamente para as eleições de 2026. Reconquistar uma identidade política é o primeiro passo nesse sentido, como afirmam especialistas. No passado, o PSDB tinha se firmado na centro-direita e flertava com propostas mais progressistas no campo social e com a agenda liberal no campo econômico. No entanto, perdeu protagonismo quando a força mais à direita ganhou espaço em 2018.

A falta de uma candidatura própria à presidência da República em 2022, em uma eleição polarizada entre Jair Bolsonaro e Luiz Inácio Lula da Silva, e a perda da disputa ao Palácio dos Bandeirantes após comandar o maior Estado do País por 28 anos consecutivos também contribuíram para a atual crise enfrentada pelo partido. O líder do PSDB no Senado, Izalci Lucas, destaca a dificuldade de conciliar o cargo de governador do Rio Grande do Sul, exercido por Eduardo Leite, com a presidência do partido, mas reconhece a importância de buscar um novo programa político.

Para isso, Eduardo Leite tem realizado seminários em todo o país, ouvindo lideranças, pesquisas e filiados, com o objetivo de atrair de volta o eleitor que se absteve no último pleito e aqueles que não consideravam Lula e Bolsonaro como candidatos ideais. A meta é desenvolver um programa político que dialogue com os eleitores, com foco em alguns temas centrais que o PSDB possa defender com clareza e confiança.

Encontrar essa nova identidade política e conquistar o eleitorado são os desafios que o PSDB enfrenta para se tornar novamente uma força competitiva nas eleições futuras.

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