Uma ala do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) expressou forte descontentamento em relação à iniciativa do ministro dos Direitos Humanos, Silvio Almeida, de realizar visitas a presídios e unidades do sistema socioeducativo brasileiro. A medida foi duramente criticada, com alguns alegando que o projeto “Caravana de Direitos Humanos” não é apropriado e não leva em consideração as questões de segurança e efetividade das ações.
A pasta comandada por Silvio Almeida defendeu o projeto, afirmando que ele é uma resposta às determinações da Corte Interamericana de Direitos Humanos e do Supremo Tribunal Federal (STF). No entanto, governadores procurados pela Folha de S. Paulo não receberam informações adequadas ou foram devidamente consultados sobre a iniciativa, o que levanta questionamentos sobre a sua viabilidade e legitimidade.
Além disso, a possibilidade de remanejamento de ministros, incluindo Silvio Almeida, para integrar o PP e Republicanos em outras pastas, também gerou críticas e suspeitas de motivações políticas por trás do projeto.
Essa iniciativa, portanto, está cercada de controvérsias e suscita preocupações quanto à sua eficácia e transparência, levando a debates acalorados dentro e fora do governo.