Além de dar suporte ao governo ao evitar que o ministro da Casa Civil, Rui Costa, comparecesse à polêmica Comissão Parlamentar de Inquérito do Movimento Sem Terra (CPI do MST) na quarta-feira (9), o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), comprometeu-se a agendar a votação do novo marco fiscal antes da apresentação da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO), marcada para 30 de agosto. Essa decisão foi alcançada durante um encontro no dia anterior (8), no qual estiveram presentes Rui Costa, o próprio Lira e o ministro Alexandre Padilha (Relações Institucionais), conforme relatado por fontes do “O Bastidor”.
Para o Palácio do Planalto, a sequência das votações é crucial. Caso a LDO fosse apreciada antes das questões fundamentais do marco fiscal, o governo teria menos flexibilidade para ajustar o orçamento de 2024. Danilo Forte (UB-CE), o relator da LDO e aliado de Lira, estava se esforçando para acelerar a votação da LDO.
No entanto, nos bastidores do acordo, informações indicam que Lira está aguardando por uma recompensa política, possivelmente envolvendo a definição do papel do Partido Progressista (PP) no governo. O ex-presidente Lula tem declarado que não tem pressa para decidir as posições do PP e do Republicanos em seu governo.
A expectativa agora se concentra em um encontro entre Lira e o presidente Lula, provavelmente na próxima semana. Depois dessa reunião, de acordo com aliados do presidente da Câmara, espera-se que se tornem conhecidos os ministérios atribuídos ao PP e ao Republicanos. Apenas após as garantias serem obtidas, conforme rumores nos corredores da Câmara, Lira agendará a votação das questões fundamentais do marco fiscal.