Brasil perde mais de 400 mil empresas no primeiro semestre de 2023, o maior número desde o início da série histórica, em 2010.
O levantamento foi feito e cedido ao portal G1 pela Contabilizei, com base em registros do Cadastro Nacional da Pessoa Jurídica (CNPJs), da Receita Federal. O fechamento de empresas tem sido mais frequente do que as inaugurações desde o 4º trimestre de 2021. O saldo mostra que mais de 750 mil empresas foram eliminadas da economia brasileira. Os setores mais afetados foram o comércio, com 185,1 mil empresas fechadas, seguido da indústria, com 107,9 mil, e dos serviços, com 84,8 mil.
Os especialistas apontam que os principais fatores para o aumento dos fechamentos de empresas são a inflação, a alta dos juros e a insegurança jurídica. A inflação, que está em dois dígitos há mais de um ano, corroeu o poder de compra da população, o que diminuiu o consumo e, consequentemente, a demanda por produtos e serviços. A alta dos juros também encareceu o crédito, dificultando o acesso ao financiamento para as empresas.
A insegurança jurídica, por sua vez, desencoraja os investidores a abrir ou manter empresas no país. O aumento dos fechamentos de empresas é um sinal de alerta para a economia brasileira. A redução do número de empresas pode levar ao aumento do desemprego, da pobreza e da desigualdade social.
O governo federal precisa adotar medidas para estimular o empreendedorismo e a geração de emprego.