No sábado (23), um protesto marcante assinalou o sétimo aniversário do desabamento de parte do antigo Centro de Convenções de Salvador. Moradores e comerciantes dos bairros vizinhos ao local, situado no bairro do Stiep, uniram-se em uma manifestação intitulada “Abraçaço pela Paz”. O objetivo era clamar por uma solução para o local, que, devido ao abandono, tem testemunhado um aumento nos casos de assaltos, vandalismo e invasões.
A iniciativa recebeu o apoio de entidades como a Associação dos Moradores e Amigos do Costa Azul (Amoca), Associação de Moradores de Armação (Amar), Associação dos Moradores do Jardim Atalaia – Stiep (Amja) e Associação de Moradores Arnaldo Lopes da Silva – Stiep (Amals), bem como do Conselho Comunitário de Segurança (Conseg).
Em março, o presidente da Companhia de Desenvolvimento Urbano do Estado da Bahia (Conder), José Trindade, concedeu uma entrevista ao Bahia Notícias e anunciou que a estrutura do Centro de Convenções da Bahia seria desmontada, abrindo caminho para um novo destino para o terreno.
“Ele [Centro de Convenções] estava ali para entrar em um pacote de vendas de terrenos. Orçamos semana passada para fazer a demolição dele, porque na realidade a ideia da gente é desmontar aquela estrutura e deixar o terreno livre para que o Governo do Estado da Bahia veja qual caminho será dado para o terreno”, afirmou Trindade.
Vale lembrar que o Centro de Convenções foi erguido em 1979 e sofreu um desabamento parcial na noite de 23 de setembro de 2016. Apesar das promessas, os sete anos que se seguiram parecem ter sido marcados por inação e desapontamento.