Isaquias Queiroz, um dos mais destacados atletas brasileiros na história do esporte olímpico, expressou sua tristeza pela trágica morte da ex-jogadora de vôlei Walewska Oliveira, que faleceu após cair do 17º andar de seu prédio. A notícia do falecimento de Walewska foi confirmada na última quinta-feira (21).
Em uma entrevista concedida à Itatiaia na última sexta-feira (22), o canoísta abordou o impacto dessas situações e compartilhou experiências pessoais relacionadas à sua saúde mental.
“O mundo do esporte é uma área muito complexa. Eu vivi em Lagoa Santa por quase 10 anos e não consegui fazer muitas amizades aqui. É treino após treino. Eu volto para casa e descanso. Mesmo tendo minha esposa e meu filho aqui, é diferente de estar onde tenho meus amigos e minha família. O esporte exige muito de você. Eu passei por um momento em que não conseguia mais suportar estar longe de minha família e de minhas raízes”, compartilhou Isaquias Queiroz.
Além da rotina rigorosa de treinamentos, a pressão por resultados também tem um impacto significativo na saúde mental dos atletas. Isaquias admitiu que em algumas ocasiões ele competiu com sua saúde debilitada.
“A questão do aspecto psicológico é desafiadora para nós. Não podemos perder, e o povo brasileiro gosta de ver o país em primeiro lugar. Não gostam do segundo ou terceiro lugares. Eu competi em uma Copa do Mundo com Covid. Eu não sabia que era Covid, mas estava me sentindo muito mal, com dores em todo o corpo, e nem conseguia dormir. No entanto, eu competi e conquistei uma medalha. Não nos importamos com doenças ou dores físicas. Temos grandes apoiadores e não queremos decepcionar. Espero que possamos avançar na discussão sobre a saúde mental no esporte”, concluiu o canoísta.