A regulação dos aplicativos de entrega de comida e transporte está em pauta, mas o ministro do Trabalho, Luiz Marinho, enfrenta críticas por excluir os entregadores da negociação. De acordo com uma reportagem do Estadão, enquanto empresas como Ifood e motoristas de aplicativos como Uber e 99 estão próximos de um acordo, os motoboys e ciclistas não foram contemplados.
O governo planeja enviar um projeto de lei ao Congresso com as bases dessa regulamentação em breve, incluindo a imposição de um salário mínimo mensal e contribuições para a Previdência Social. No entanto, para os entregadores, a oferta das empresas é de R$ 12 por hora rodada, enquanto os trabalhadores pedem R$ 35 e discordam sobre o conceito de hora trabalhada.
A situação se complica devido à diversidade da categoria, que inclui trabalhadores com contratos CLT com restaurantes, aqueles vinculados aos aplicativos e outros que fazem trabalhos temporários. O governo chegou a sugerir R$ 17 por hora rodada como solução intermediária, mas a proposta foi rejeitada por ambas as partes.
O ministro do Trabalho admitiu a falta de acordo para os entregadores e prometeu arbitrar a situação. No entanto, a exclusão dessa categoria das negociações levanta críticas e gera incerteza sobre como a regulamentação afetará aqueles que dependem desse tipo de trabalho.