Os moradores do bairro de Vilas do Atlântico, localizado na cidade de Lauro de Freitas, na Região Metropolitana de Salvador, estão se unindo em um protesto contra um projeto de lei proposto pela prefeitura. Este projeto aborda a desafetação de duas áreas no loteamento e outra no Jardim Aeroporto, permitindo uma permuta por imóveis particulares em Vilas do Atlântico. O protesto está programado para acontecer na manhã desta quarta-feira, dia 11.
A desafetação de uma área pública permitiria que o setor privado a explorasse, e os moradores de Vilas do Atlântico estão preocupados com as possíveis consequências desse crescimento vertical. Eles temem um aumento nos congestionamentos e na poluição, entre outros problemas.
O projeto foi submetido à votação na Câmara dos Vereadores de Lauro de Freitas na semana passada, mas a sessão não ocorreu devido à falta de quórum. Apenas cinco dos 21 vereadores estiveram presentes, quando eram necessários pelo menos sete para realizar a sessão.
Na mesma semana, representantes de duas organizações da sociedade civil, a Rio Limpo e a Sociedade Amigos do Loteamento Vilas do Atlântico (SALVA), bem como a Associação de Moradores de Vilas do Atlântico (AMOVA), compareceram à Câmara Municipal para se opor à aprovação do projeto. Eles argumentam que as áreas em questão são classificadas como Mata Atlântica, do tipo restinga sobre dunas.
Márcio Costa, presidente da SALVA, afirmou que a origem do projeto está relacionada ao interesse de um empresário local, que possui uma área de 4 mil metros quadrados em uma área verde dentro de Vilas do Atlântico. A prefeitura propôs trocar duas áreas do parque ecológico, totalizando quase 2 mil metros quadrados, em favor do empresário.
Costa planeja se reunir com a Comissão de Meio Ambiente da Câmara de Vereadores na tentativa de retirar o projeto da pauta da Casa. Ele expressou preocupação com os potenciais benefícios econômicos envolvidos no projeto e destacou as preocupações ambientais e de falta de áreas verdes no município.
