Nesta segunda-feira, 16 de outubro, a rede social focada no mundo profissional, LinkedIn, anunciou a demissão de 668 funcionários. As demissões afetaram equipes em áreas como engenharia, produto, recrutamento e finanças.
De acordo com um comunicado oficial, a redução de pessoal faz parte dos esforços da empresa para alinhar sua estrutura organizacional com suas metas estratégicas. Essas demissões correspondem a cerca de 3% dos aproximadamente 20 mil funcionários do LinkedIn.
Um comunicado interno assinado pelos executivos Mohawk Shroff e Tomer Cohen, obtido pela CNBC, explica que essas ações visam reduzir custos para compensar um desempenho aquém do esperado no balanço projetado para 2024.
Quando questionado sobre o impacto dessas demissões no Brasil, o LinkedIn não forneceu informações específicas, mas reiterou seu compromisso em fornecer suporte aos funcionários afetados durante essa transição.
Nos últimos dois anos, o LinkedIn viu um crescimento constante em sua base de usuários e assinantes, no entanto, enfrentou dificuldades em traduzir esse crescimento em um aumento significativo na receita, que cresceu apenas 5% no segundo trimestre, de acordo com seu relatório financeiro mais recente.
Do total de demissões, 563 funcionários eram engenheiros e profissionais de tecnologia envolvidos em pesquisa e desenvolvimento, uma parte substancial da força de trabalho da empresa.
De acordo com a CNBC, o LinkedIn planeja preencher parte dessas vagas com profissionais contratados na Índia.
Em setembro, a revista The New York Magazine relatou que o LinkedIn experimentou um crescimento notável de 41% no conteúdo compartilhado entre setembro de 2021 e setembro de 2023, destacando o rápido crescimento da Geração Z na plataforma.
É importante notar que o LinkedIn é uma subsidiária da Microsoft, que, no início do ano, anunciou planos de encerrar os contratos de 10 mil funcionários como parte de seus esforços para se concentrar em novas tecnologias, como inteligência artificial e computação quântica. No entanto, as 700 demissões no LinkedIn não estavam incluídas nesse número, de acordo com fontes próximas ao assunto citadas pela CNBC.
Em maio, a rede social de negócios já havia anunciado a demissão de 716 pessoas em equipes de vendas, operações e suporte.
O setor de tecnologia como um todo tem passado por uma fase de reestruturação, com 141.516 funcionários demitidos no primeiro semestre deste ano, em comparação com cerca de 6.000 demissões no mesmo período do ano anterior, de acordo com a consultoria Challenger, Gray & Christmas.