Um projeto liderado pelo Ministério da Saúde, em colaboração com os hospitais Sírio-Libanês e Moinhos de Vento, está trazendo mudanças significativas para as emergências dos hospitais públicos no Brasil. Denominado “Lean nas Emergências”, o projeto demonstra uma redução de 28% na superlotação e mais de 30% no tempo de permanência dos pacientes em 72 hospitais públicos e filantrópicos em 26 estados.
O termo “lean”, de origem inglesa, que significa produzir com máxima eficiência e qualidade, sem desperdício, é a base dessa estratégia de gestão. Já amplamente aplicada em diversos setores econômicos, desde grandes empresas até startups, a abordagem agora está sendo implementada para transformar a operação e o fluxo das unidades de saúde, visando melhor atendimento aos pacientes em situações de emergência.
A gerente de Projetos de Compromisso Social do Hospital Sírio-Libanês, Carina Tischler Pires, destaca que as crises nos prontos-socorros resultam do alto volume de pacientes, falta de leitos para internação devido ao tempo elevado de permanência dos pacientes e processos de trabalho pouco eficientes e integrados entre as áreas. O projeto procura abordar essas questões utilizando recursos e profissionais já disponíveis nos hospitais.
Ela enfatiza: “Acreditamos que as atividades desenvolvidas sejam capazes de promover a autonomia intelectual e assistencial dos profissionais envolvidos, resultando em melhoria na passagem do paciente pelo serviço de urgência até sua chegada ao local correto, com o recurso adequado e no tempo apropriado.”
Além disso, as medidas implementadas estão impactando positivamente no número de mortes, com uma redução projetada média de 3% ao mês na taxa de mortalidade, beneficiando aproximadamente 10.142 vidas.