As recentes mudanças nas mensalidades de cursos particulares financiados pelo Fundo de Financiamento Estudantil (Fies) têm gerado problemas financeiros para estudantes, levando alguns a abandonar os estudos devido à dificuldade de pagamento. Segundo informações da Coluna Guilherme Amado, do portal Metrópoles, em parceria com o Bahia Notícias, o Ministério da Educação (MEC) admitiu não ter um prazo definido para divulgar as novas regras do programa, que seriam essenciais para lidar com essa situação.
A situação começou a ser percebida em março de 2018, durante a gestão de Michel Temer, quando uma portaria limitou o financiamento integral dos estudos, estabelecendo um teto para auxiliar no pagamento das mensalidades.
Devido a essa questão, estudantes se uniram no movimento “Fies Sem Teto” para solicitar ao MEC mudanças e medidas para lidar com o problema. Eles argumentaram que os aumentos anuais nas mensalidades das universidades privadas ultrapassam a inflação, tornando imprevisível a coparticipação, especialmente em cursos como medicina. O valor que os alunos precisam pagar acaba sendo maior do que as simulações feitas durante a inscrição no programa.
Em 2023, o ministro da Educação, Camilo Santana, indicou uma alteração no teto do Fies para o curso de medicina, aumentando de R$ 52,8 mil para R$ 60 mil. No entanto, mesmo com esse ajuste, o próximo reajuste na mensalidade está previsto para ser de 12%, o que impactará ainda mais na coparticipação.
O MEC informou ao Metrópoles que não tem uma data específica para anunciar as propostas. No entanto, a pasta não respondeu às demais perguntas relacionadas ao retorno do financiamento integral, reajuste e coparticipação.