O vice-prefeito de Itapé, no sul da Bahia, André Jatobá, membro do partido União Brasil, teve sua prisão em flagrante convertida para prisão preventiva pelo juiz Carlos Alberto Silva Junior, em concordância com a recomendação do Ministério Público da Bahia (MP-BA). A detenção ocorreu na sexta-feira (12) durante a execução de um mandado de busca e apreensão em seu apartamento, onde foram encontradas drogas ilícitas e armas de fogo.
Na decisão divulgada no sábado (13), o juiz destaca a presença de substâncias entorpecentes no domicílio de André Jatobá, indicando forte suspeita de que se destinavam à comercialização. O magistrado ressalta que os crimes imputados ao vice-prefeito têm uma pena máxima superior a quatro anos, justificando assim a prisão preventiva de acordo com o Código de Processo Penal.
O juiz argumenta que a medida extrema é necessária devido à periculosidade evidente das condutas investigadas, visando preservar a ordem pública. A quantidade considerável e a diversidade de substâncias ilícitas, combinadas com armas de fogo, munições e explosivos encontrados ilegalmente na posse do acusado, reforçam a convicção de seu envolvimento em atividades criminosas.
Durante a execução do mandado, que foi emitido após o descumprimento de uma medida protetiva com a ex-companheira, a polícia apreendeu no apartamento de André Jatobá diversas drogas, incluindo cocaína, ecstasy/MDMA, maconha, skank e haxixe, além de armas, munições e explosivos.
O vice-prefeito já enfrenta um processo como réu desde 2021 por porte ilegal de arma e tráfico de drogas, e também é alvo de um processo por peculato desde 2019, que resultou em sua prisão preventiva em dezembro de 2023. Eleito em 2020 como parte da chapa liderada por Naeliton Rosa Pinto (PP), André Jatobá estava cotado como pré-candidato à prefeitura de Itapé em 2024.