Metade da população na Bahia não tem acesso à rede de esgoto, de acordo com informações divulgadas pelo IBGE nesta sexta-feira (23). Em 2022, apenas 52,2% dos habitantes moravam em residências conectadas à rede geral de esgoto, pluvial ou com fossa ligada à rede, totalizando 7,359 milhões de pessoas. Isso significa que cerca de 47,8% da população, equivalente a aproximadamente 6,7 milhões de habitantes, não eram atendidos.
Embora tenha havido um aumento na cobertura em comparação com 2010, quando 43,1% da população baiana tinha algum acesso ao esgotamento por rede coletora, a Bahia caiu de 8º para o 12º lugar no ranking desse indicador entre os Censos. De 2010 a 2022, a nível nacional, a proporção de moradores em domicílios ligados à rede coletora de esgoto subiu de 52,8% para 62,5%, atendendo a 126,3 milhões de pessoas.
Todos os estados brasileiros registraram aumentos na cobertura, liderados por Roraima, Mato Grosso do Sul e Santa Catarina. Em 2022, São Paulo tinha a maior proporção de pessoas em domicílios ligados à rede de esgoto (90,8%), seguido por Distrito Federal (84,7%) e Rio de Janeiro (83,8%). Os menores percentuais estavam em Amapá (11,0%), Rondônia (13,3%) e Maranhão (16,5%).
Na Bahia, após a ligação com a rede de coleta, as formas mais comuns de esgotamento sanitário eram fossa rudimentar ou buraco (32,5% da população); fossa séptica ou fossa filtro não ligada à rede (9,7%); rio, lago, córrego ou mar (1,7%); e vala (1,6%).