Um grupo de mulheres foi resgatado de um lugar que se dizia um centro de apoio, mas na verdade era uma armadilha. Este lugar ficava na cidade de Planalto, na Bahia, e era dirigido por um casal de pastores. A ação de resgate encontrou seis mulheres lá dentro, uma delas tinha 18 anos e as outras eram mais velhas. No momento da operação, só a pastora estava presente, e ela foi levada para a delegacia. O pastor ainda está sendo procurado.
De acordo com informações divulgadas pela TV Sudoeste neste sábado (16), os pastores cobravam mensalidades entre R$ 500 e R$ 1 mil para cuidar das vítimas. No entanto, as condições de vida no local eram terríveis, com instalações sanitárias precárias e as mulheres eram mantidas trancadas em quartos. Elas dormiam em beliches feitos com ripas, que tinham pregos expostos. O resgate foi realizado por autoridades locais e pela Polícia Militar.
Depois de serem resgatadas, as mulheres foram levadas para o Centro de Referência de Assistência Social (Creas) da cidade e, em seguida, foram reunidas com suas famílias. Segundo a emissora, além de cobrar pelas supostas ajudas às vítimas, em alguns casos, o casal ficava com os cartões de benefícios sociais das mulheres, sacava o dinheiro e ficava com ele.
O local foi inspecionado por autoridades municipais e pela polícia, e ficou claro que as mulheres eram submetidas a abusos verbais, físicos e sexuais. Das seis vítimas, duas eram de Mata Verde (MG), duas de Vitória da Conquista (BA), uma de Nova Canaã (BA) e outra de Jequié (BA). Um inquérito foi aberto para investigar o ocorrido.