Em entrevista à Rádio Metropole nesta quinta-feira (25), Cacá Leão (PP), atual secretário de governo da prefeitura de Salvador e ex-deputado, comentou sobre a possível reintegração do PP à base do governo Jerônimo Rodrigues (PT). Leão expressou sua oposição a essa volta, mas destacou que o partido defende a liberdade dos candidatos para escolherem suas alianças.
“Sou contrário à volta do PP à base do governo. Defendo essa posição internamente e defendo a posição em Brasília. E se voltar agora, não quer dizer que vai estar com ele em 2026. O cenário nacional vai interferir no processo, tudo ainda está muito aberto. Continuarei defendendo que o partido não participe, que não esteja em 2026 na coligação do governador”, afirmou.
A discussão sobre o retorno do PP à base do governo ganhou força após a coluna Metropolítica revelar que a decisão dependeria do número de prefeitos eleitos pelo partido. Leão relembrou as negociações de 2022, quando a configuração da base esperada incluía Otto Alencar (PSD) na disputa pelo governo e Rui Costa (PT) ao Senado, com o então vice-governador João Leão (PP) assumindo o restante do mandato no Palácio de Ondina. No entanto, a permanência de Rui Costa no governo até o fim do mandato, conforme anunciado pelo senador Jaques Wagner (PT), impediu João Leão de assumir o cargo e resultou no rompimento do PP com a base aliada.
Leão destacou ainda o respeito do partido pelas decisões individuais de seus membros, inclusive daqueles que optaram por se alinhar ao governo Jerônimo. “O que a gente sempre procurou e sempre faz é respeitar a opinião individual. Primeiro nos municípios: cada prefeito, candidato a prefeito, vereador tem a liberdade de fazer suas alianças conforme o que é melhor para a política municipal. Acho que quando a gente engessa, traz uma batalha que não é isso que o povo quer”, concluiu.