Em uma recente sessão na Câmara dos Deputados, foram aprovados dois projetos que compõem uma minirreforma eleitoral, que agora segue para avaliação no Senado Federal antes de ser sancionada pelo presidente Lula (PT). Essas mudanças abrangem diversos aspectos do processo eleitoral e têm gerado debates acalorados.
Aqui estão os principais pontos da minirreforma eleitoral aprovada na Câmara:
- Flexibilização das Regras de Inelegibilidade: O texto da minirreforma traz uma flexibilização das regras que determinam a inelegibilidade de candidatos.
- Fim das Prestações de Contas Parciais: As prestações de contas parciais, que eram um requisito no processo eleitoral, serão eliminadas.
- Maior Flexibilidade no Uso de Recursos para Campanhas Femininas: A minirreforma flexibiliza o uso de recursos destinados às campanhas de candidatas, buscando incentivar a participação das mulheres na política.
- Federações Partidárias e a Cota de Candidaturas Femininas: A obrigatoriedade de que os partidos que formam uma federação cumpram individualmente a cota de 30% de candidaturas femininas será revogada.
- Compra de Aeronaves e Embarcações com Fundo Partidário: A nova legislação permitirá que os partidos adquiram aeronaves e embarcações utilizando recursos do fundo partidário.
- Ampliação das Vítimas de Violência Política Contra a Mulher: A minirreforma amplia o rol de vítimas de violência política contra a mulher, buscando maior proteção para candidatas e políticas.
- Doações por meio do PIX: Será permitido realizar doações para campanhas eleitorais por meio do sistema de pagamento PIX.
Além disso, a minirreforma eleitoral determina que as gestões municipais e estaduais ofereçam transporte público gratuito no dia das eleições. O Congresso está buscando aprovar essas alterações nas regras eleitorais antes de outubro, de modo a torná-las efetivas nas eleições de 2024. Para isso, as propostas precisam ser aprovadas tanto na Câmara dos Deputados quanto no Senado e receber a sanção do presidente Lula até 6 de outubro, um ano antes do próximo pleito eleitoral. O debate em torno dessas mudanças continua sendo acompanhado de perto por especialistas e observadores políticos.