O aumento alarmante do número de vítimas de balas perdidas em Salvador e RMS é uma tragédia que continua a assolar a população. Nessa sexta-feira (21), a adolescente Mary Vitória Moreira Monteiro, de apenas 17 anos, tornou-se mais uma vítima dessa violência insana ao ser atingida por disparos no bairro de Fazenda Grande 3.
Os dados levantados pelo Instituto Fogo Cruzado são estarrecedores: em 2023, já foram mapeadas 34 pessoas atingidas por balas perdidas, das quais 22 perderam suas vidas. Ainda mais angustiante é saber que 27 dessas vítimas são adolescentes, e, lamentavelmente, 21 deles já faleceram.
Enquanto o caos da violência aumenta, o governo do estado parece estar inerte diante dessa grave situação. A sensação de segurança está cada vez mais escassa nas ruas, e os cidadãos vivem sob o constante medo de serem atingidos por balas perdidas em meio a tiroteios entre facções criminosas.
É inaceitável que jovens estudantes, como a estudante Camila dos Santos, tenham suas vidas interrompidas de forma tão trágica ao serem atingidos por balas perdidas, enquanto voltavam para suas casas. A falta de controle sobre a segurança pública é gritante, e a população está clamando por respostas e ações efetivas por parte do governo.
O Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) é mais uma prova do quanto a violência se tornou parte do cotidiano das pessoas, com casos sendo identificados regularmente, mas pouco se faz para evitar que novas vítimas sejam adicionadas a essa crescente estatística.
É urgente que medidas sérias sejam tomadas para combater a criminalidade e proteger a vida dos cidadãos. É responsabilidade do governo garantir a segurança e o bem-estar de seus cidadãos, e a atual situação é um claro reflexo do fracasso nessa missão crucial.
Enquanto os números continuam a aumentar e mais famílias são dilaceradas pela violência, é essencial que o governo do estado assuma a responsabilidade e implemente políticas efetivas para frear essa onda de balas perdidas que tem assolado Salvador e a RMS. A população não pode mais viver sob o terror das armas de fogo, e é hora de agir antes que mais vidas preciosas sejam perdidas.