A maioria dos carros vendidos no Brasil é do tipo flex, o que significa que podem usar tanto etanol quanto gasolina como combustível. No entanto, apenas cerca de 30% dos carros em circulação usam etanol, de acordo com um estudo recente da consultoria Datagro.
O estudo, realizado em janeiro, mostrou um aumento em comparação com o ano anterior, quando esse número era de 19,4%. No entanto, ainda está longe do pico de 41,5% alcançado pelo setor em outubro de 2018.
Os dados foram apresentados durante um evento em Ribeirão Preto, o principal centro produtor de açúcar e etanol do país. Plínio Nastari, presidente da Datagro, destacou a necessidade de aumentar o uso de etanol pelos carros flex.
Atualmente, os veículos bicombustíveis representam 85% da frota de carros leves no Brasil, de acordo com a consultoria e a Anfavea.
Apesar do etanol ser considerado um combustível mais limpo e benéfico para o meio ambiente do que a gasolina, muitos consumidores ainda preferem a gasolina devido a alguns mitos e desinformações sobre o etanol.
Para que o etanol seja mais vantajoso, o preço precisa ser até 70% menor que o da gasolina. No entanto, muitos proprietários de carros flex desconhecem essa vantagem e continuam abastecendo com gasolina por hábito.
Desde que foram introduzidos no mercado em 2003, os carros flex tiveram uma rápida aceitação, representando mais de 90% das vendas desde 2008.
A produção de etanol na safra 2023/24 teve um aumento significativo, com a maioria sendo etanol hidratado, utilizado diretamente nos veículos flex. A safra 2024/25 está prevista para começar em breve, com algumas usinas já iniciando a moagem.
Apesar da previsão de uma queda na produção de cana para a próxima safra, os produtores estão otimistas em relação ao futuro do setor.