Corrida Eleitoral em Salvador: A Incerteza das Candidaturas e a Força de Bruno Reis

Coluna

A corrida eleitoral em Salvador está repleta de reviravoltas e incertezas, e se assemelha a uma intrigante novela política. À medida que o ano chega ao fim, a luta pelas candidaturas a prefeito e vereador nas cidades, especialmente nas capitais, já está a todo vapor há meses. Articulações políticas, discussões nos bastidores e a formação de possíveis alianças são os ingredientes dessa trama.

Em Salvador, diversos nomes têm sido ventilados como possíveis candidatos, mas dois se destacam: a reeleição do atual prefeito Bruno Reis e uma chapa liderada pelo PT, que tem o apoio dos governos federal e estadual, formando uma dobradinha que busca conquistar o comando da cidade.

Nesse cenário, uma pitada de suspense gira em torno da possível escolha do vice para a candidatura de Bruno Reis. Há muito se especula que Léo Prates, ex-secretário de Saúde e atual deputado federal, poderia ser o escolhido, porém Léo Prates já deixo claro que seu objetivo é disputar em 2028 a cadeira de prefeito de Salvador.

Foto: Reprodução / Câmara dos Deputados

Por outro lado, Ana Paula Matos, que também é do PDT e tem se destacado na Secretaria de Saúde, tem conquistado apoio dentro do partido e além, tornando-se um nome forte para continuar sendo a vice de Reis.

Enquanto a incerteza reina na chapa governista, o outro lado da moeda apresenta uma incerteza igualmente intrigante: a definição do candidato da oposição. Geraldo Júnior, que tem manifestado sua intenção de concorrer à prefeitura desde janeiro, surge como um possível nome. O PT, por sua vez, já explorou opções como Trindade e Robinson, mas nenhuma delas parece empolgar.

As bases do PT e outros partidos opositores já lançaram seus próprios nomes, deixando claro que preferem uma candidatura não petista para liderar a chapa. Enquanto Geraldo Júnior sinaliza com a possibilidade de abrir mão de sua candidatura em prol da unidade, as diferenças internas entre os partidos de oposição ainda precisam ser superadas.

Ainda esta semana, o cacique Geddel Vieira Lima comentou a demora do PT em definir a chapa para concorrer à Prefeitura de Salvador. Imediatamente, o governador Jerônimo Rodrigues foi questionado sobre as declarações do líder do MDB e respondeu que não sucumbiria à pressão de qualquer tipo. Em resposta às declarações do governador, Geraldo Júnior afirmou em entrevista que abriria mão de sua candidatura em prol da unidade no grupo, embora saiba que essa unidade seja inexistente, aumentando ainda mais as tensões dentro do Partido dos Trabalhadores.

Colunista.

Siqueira Costa Júnior, 48 anos

Ex-líder do MBL na Bahia desde a fundação até 2020.

Ex-assessor parlamentar.

Empreendedor e motorista de aplicativo.

Mais de 15 anos nos bastidores políticos da Bahia, tendo relação de proximidade com diversos políticos de várias vertentes amantes da arte de fazer política e acima de tudo de criar novas possibilidades.

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