Coluna de Opinião: Quando o discurso fica maior que as soluções

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E lá vem bomba! Sim, mais uma para o cenário de Lauro de Freitas. Nesta sexta-feira, o Kalfi foi palco de uma reunião entre sindicatos que buscam o pagamento dos salários de dezembro, atrasados desde a gestão anterior. A atual prefeita, Débora Régis, herdou o caos. Claro, cabe esclarecer que esse débito é responsabilidade da antiga gestão, comandada pela ex-prefeita, que desapareceu da cidade e, ao que parece, levou consigo os recursos destinados à quitação das folhas, especialmente da classe dos professores. Vale lembrar que essa mesma classe foi uma das principais bases de apoio dela.

O evento teve momentos peculiares. Um empresário conhecido na cidade, que recentemente flertou com uma candidatura à prefeitura, participou ativamente, alinhado aos grevistas e sindicalistas. Enquanto os presentes pressionavam Débora a arcar com a dívida herdada, ela deixou claro, em vídeos nas redes sociais, que pretende regularizar os pagamentos, mas explicou o caos financeiro deixado pela gestão anterior. Segundo Débora, faltam recursos para quase tudo – até esparadrapos e gazes tiveram que ser emprestados de outros municípios para atender à população.

A presença de Mauro Cardim chamou atenção. Ele, que apoiou a eleição de Débora Régis, parece agora tomar um caminho próprio. No evento, Cardim discursou em tom crítico à atual gestão, pedindo que Débora “parasse com o discurso de Moema” e conversasse com os servidores. Até aqui, entendemos a crítica. No entanto, resta a dúvida sobre a legitimidade de sua cobrança. Cardim não fez parte da equipe de transição, não foi candidato a vereador e tampouco parece ter pleno conhecimento do diagnóstico financeiro da cidade.

Além disso, outras figuras surgiram na cena, como a vereadora Luciana, ex-secretária responsável pela limpeza urbana. Vale lembrar que ela pediu exoneração dez dias antes do fim do mandato anterior e chegou a gravar um vídeo recomendando que a população armazenasse o lixo em casa porque os serviços estavam paralisados devido à falta de pagamento – ironicamente, agora critica Débora por problemas que tiveram origem na gestão que ela integrou.

No fim do dia, Débora divulgou um vídeo esclarecendo a situação, enquanto Mauro Cardim alegou que sua presença foi decisiva para o pagamento dos salários atrasados dos professores. Mas as coisas mudaram rapidamente. João Leão, ex-governador e figura de peso na política de Lauro de Freitas, fez questão de se desvincular de Mauro, afirmando publicamente que ele não representa o grupo político do PP nem fala em seu nome.

Mauro, talvez seja hora de lembrar: nem todo carneiro deve berrar. Às vezes, o silêncio e o trabalho rendem mais.

Coluna do bode gaiato, aqui tem irreverência, sátira e muitas verdades.

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