Convênio com a Prefeitura assegura futuro do Balé Folclórico da Bahia

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Crédito da foto Jefferson Peixoto

O Balé Folclórico da Bahia (BFB), renomado grupo dedicado ao folclore e à cultura popular, tem garantida a continuidade de seu legado graças a um convênio estabelecido com a Prefeitura de Salvador. Após enfrentar grandes dificuldades durante a pandemia e quase fechar as portas devido à falta de patrocínio, o BFB entra em uma nova fase com investimentos assegurados pelo Município.

No ano passado, o grupo passou por dificuldades financeiras ao depender exclusivamente da receita da bilheteria, mas em maio último a Prefeitura anunciou um convênio que destinará R$380 mil para auxiliar nos custos dos artistas, administração, manutenção do imóvel e dos espetáculos, que são apresentados três vezes por semana no Teatro Miguel Santana, no Pelourinho.

“Essa ajuda é extremamente importante, especialmente depois de dois anos de pandemia e um ano de retorno às atividades. É uma questão de necessidade, pois estamos preservando nossa cultura”, afirma Walson Botelho, também conhecido como Vavá Botelho, presidente do Balé Folclórico da Bahia.

O BFB combina elementos do balé clássico, dança contemporânea e técnicas afro em suas apresentações, que abrangem manifestações como maculelê, samba de roda, capoeira e puxada de rede. Além disso, os espetáculos incluem uma parte dedicada às danças dos orixás, destacando a religiosidade.

“Nós não consideramos a dança dos orixás como folclore, pois o candomblé não é folclore, é uma religião que deve ser respeitada, assim como qualquer outra. Nós abordamos a dança dos orixás como uma maneira de desconstruir preconceitos e prestar uma grande homenagem ao candomblé, que é uma das religiões mais belas e tradicionais da humanidade”, explica Vavá.

As apresentações do grupo acontecem regularmente às segundas, quartas e sextas-feiras, às 19h, no Teatro Miguel Santana, localizado na Rua Gregório de Mattos, 49, Pelourinho. O retorno das apresentações foi possível graças à iniciativa da Secretaria de Cultura e Turismo de Salvador (Secult) e do BFB, em parceria com empresas privadas e representantes do setor turístico, que passaram a se interessar pelo produto.

Além das apresentações fixas, o BFB realiza oficinas gratuitas abertas à população, que atualmente atendem uma média de 100 pessoas. Com o apoio da Prefeitura, espera-se que esse número seja ampliado para cerca de 800 participantes. Além disso, o presidente do BFB planeja retomar o projeto do Balé Júnior, que já beneficiou cerca de 3 mil crianças e adolescentes entre 6 e 16 anos, formando novos talentos para o Balé Folclórico e para o mercado.

Vavá destaca que, quando o BFB foi fundado por ele há 35 anos, havia pelo menos outros 10 grupos trabal

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