Os líderes das nações amazônicas, reunidos no Pará durante a Cúpula da Amazônia, aprovaram a Declaração de Belém nesta terça-feira (8). A declaração visa impulsionar a colaboração entre esses países para fortalecer a preservação da floresta e combater o desmatamento.
Um ponto central das discussões foi a exploração de petróleo na região amazônica. O documento reconheceu a importância de iniciar um diálogo sobre a sustentabilidade de setores como mineração e hidrocarbonetos na área. O presidente colombiano, Gustavo Petro, expressou críticas contundentes à exploração de combustíveis fósseis, destacando preocupações éticas e a relevância da ciência para abordagens progressistas.
Apesar disso, as nações concordaram em estabelecer uma Aliança Amazônica de Combate ao Desmatamento, embora não tenham fixado metas conjuntas claras ou prazos específicos para a conservação florestal e a redução do desmatamento. Essa abordagem contrasta com a postura do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que buscava metas mais definidas nesse âmbito.
A Declaração de Belém representa um avanço rumo à cooperação regional para abordar os desafios ambientais na Amazônia. No entanto, a ausência de detalhes específicos gera expectativas sobre as medidas concretas que serão adotadas para proteger a floresta e combater o desmatamento.