Um estudo realizado por pesquisadores brasileiros questiona as estatísticas oficiais sobre as mortes causadas pela chikungunya no Brasil em 2023. A pesquisa, publicada na revista científica Frontiers in Tropical Diseases, analisou o excesso de mortes durante a epidemia da doença em duas regiões de Minas Gerais ao longo do ano.
Conforme divulgado pelo O GLOBO, os resultados mostram que, dos 890 óbitos atribuídos à chikungunya, esse número é 60 vezes maior do que os dados oficiais, que registraram apenas 15 mortes.
Nas duas regiões mineiras, o número de mortes foi oito vezes maior do que as estatísticas oficiais em todo o Brasil, que contabilizaram 106 óbitos. Um estudo anterior sobre a epidemia de chikungunya em Pernambuco, entre 2015 e 2016, reportou cerca de 4.505 mortes associadas à doença, em contraste com as 94 mortes registradas oficialmente.
Em Porto Rico, durante a epidemia de 2014 a 2015, foram identificadas cerca de 1.310 mortes, enquanto as estatísticas oficiais registraram apenas 31.