Em uma entrevista concedida no último sábado (10), o presidente do PDT da Bahia e deputado federal, Félix Mendonça Júnior, não poupou polêmicas ao abordar diversos temas. Ele afirmou que o partido fechou questão para manter a indicação de Ana Paula Matos, vice-prefeita de Salvador, na chapa à reeleição do prefeito Bruno Reis em 2024, deixando claro que o projeto do deputado federal Leo Prates será adiado para 2028.
Além disso, Félix negou qualquer possibilidade de o PDT regressar à base do governo estadual, agora sob o comando de Jerônimo Rodrigues do PT, mesmo com a proximidade entre os prefeitos pedetistas e o Palácio de Ondina. Ele relembrou o rompimento com o PT na gestão do ex-governador Rui Costa, ao mesmo tempo em que ironicamente aconselhou o atual ministro da Casa Civil a aprender mais sobre política com o senador petista Jaques Wagner.
A nível nacional, Félix abordou a relação do PDT com o governo do presidente Lula, com quem se associou nas críticas à autonomia do Banco Central. Como presidente da Comissão de Desenvolvimento Econômico da Câmara, ele defendeu que Lula tem meios para articular a demissão do comandante do BC, Roberto Campos Neto.
O deputado também criticou a gestão de Jair Bolsonaro em relação à cacauicultura baiana, defendendo que o governo Lula não repita os mesmos erros e trabalhe para aprovar a reforma tributária ainda este ano no Congresso. Segundo ele, o Brasil não pode continuar destinando mais de 50% de suas arrecadações para a dívida pública, e também não pode se sustentar em um sistema tributário que é “um verdadeiro manicômio tributário”, difícil de ser compreendido.