Derivados de petróleo despencam 87,3% e derrubam vendas externas da Bahia em fevereiro

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As exportações da Bahia apresentaram uma queda significativa de 20,5% em fevereiro em comparação ao mesmo período do ano anterior, conforme informado pelo Superintendência de Estudos Econômicos e Sociais da Bahia (SEI). A diminuição nas exportações foi impulsionada principalmente pela redução de 53,2% nas vendas da indústria de transformação, sendo a queda mais expressiva nos embarques de derivados de petróleo, que caíram 87,3%. Outros setores afetados incluem metalúrgico (-49,1%), químico/petroquímico (-47,2%), e papel e celulose (-15,6%).

Os dados foram divulgados pela SEI, vinculada à Secretaria de Planejamento (Seplan), utilizando informações da Secretaria de Comércio Exterior do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC).

No que diz respeito ao valor total das exportações, em fevereiro, a Bahia registrou um total de 636,3 milhões de dólares. O setor agropecuário foi um destaque positivo, com um aumento de 63,4% nas vendas ao exterior, impulsionado por soja, algodão, café, frutas e fumo. Na indústria extrativa, houve um aumento de 200,2%, principalmente devido ao aumento nas exportações de minério de cobre, níquel e magnesita.

Apesar desses ganhos, a queda na indústria de transformação superou os resultados positivos dos demais setores, especialmente no refinamento. A Bahia tem enfrentado desafios nas exportações de derivados de petróleo devido à estagnação dos preços internacionais do petróleo desde o segundo trimestre do ano passado. Além disso, as exportações para a Argentina diminuíram em 43,2% no bimestre, enquanto a China permanece como o principal destino das exportações baianas, com um aumento significativo de 125%.

No que diz respeito às importações, houve uma queda de 14,5% em fevereiro, totalizando 621,1 milhões de dólares. A redução nas importações está relacionada ao baixo desempenho da indústria de transformação, que teve uma queda de 1,8% em 2023, e à redução nas compras de combustíveis, que caíram 28,5%.

A SEI destacou como boa notícia o crescimento nas compras de bens de capital, com um aumento de 45,3%, principalmente em motores, máquinas e barras de ferro para construção civil. O saldo da balança comercial do estado atingiu 252 milhões de dólares, marcando uma melhora em relação ao déficit de 172 milhões de dólares no mesmo período do ano anterior. A corrente de comércio (soma de exportações e importações) teve uma redução de 11,8%, totalizando 2,85 bilhões de dólares.

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