A Procuradoria-Geral do Estado (PGE) revelou, durante o julgamento no Tribunal de Contas do Estado (TCE) nesta terça-feira (25), a alarmante possibilidade de cancelar o contrato para as obras do Veículo Leve sobre Trilhos (VLT) no Subúrbio de Salvador. Essa decisão, que poderia impulsionar o transporte público e melhorar a mobilidade urbana na região, vem sendo prejudicada por uma série de problemas que revelam a ineficiência do processo.
O procurador do estado, Ubenilson Santos, declarou que as negociações com a empresa contratada, a Metro Green, têm se arrastado sem um desfecho claro. O processo administrativo que trata do caso está na PGE, mas sua finalização foi adiada várias vezes, em virtude de pedidos de vista dos conselheiros Carolina Matos e João Bonfim. Esses adiamentos e incertezas têm gerado um cenário de desânimo e desconfiança, tanto na população quanto nos investidores envolvidos no projeto.
O VLT é uma solução esperada há anos pelos moradores do Subúrbio de Salvador, uma região que carece de opções adequadas de transporte público. Contudo, a lentidão na resolução do caso levanta questionamentos sobre a competência das autoridades envolvidas. Enquanto o tempo passa, recursos públicos são desperdiçados e a qualidade de vida dos cidadãos continua comprometida pela falta de uma infraestrutura de transporte eficiente.
A situação também desperta preocupações quanto à transparência do processo decisório e à responsabilidade dos órgãos envolvidos. É imperativo que a PGE e o TCE atuem de forma mais ágil e objetiva, buscando soluções concretas e evitando prolongar a incerteza que prejudica o planejamento da cidade e a confiança dos cidadãos nas instituições.
Em um cenário em que os recursos públicos devem ser utilizados de maneira eficiente, é fundamental que projetos de infraestrutura como o VLT sejam tratados com a seriedade que merecem.