Com dificuldades financeiras, empresa responsável pela nova rodoviária pode paralisar obra e entrega não tem previsão
A construção da nova rodoviária de Salvador enfrenta sérias dificuldades financeiras, colocando em risco a conclusão do projeto e sem uma data definida para a entrega. Com um prazo de até 24 meses estabelecido, a obra, que deveria ser finalizada até o final deste ano, corre o risco de ser paralisada já em junho.
Informações obtidas pelo Bahia Notícias indicam que a empresa responsável pela obra, a Sinart, tem buscado um contrato com a Agência de Fomento do Estado da Bahia (Desenbahia) como uma possível solução para a situação financeira. No entanto, recentemente, houve um indicativo negativo em relação a esse contrato, o que levou a empresa a manter a obra em atividade mínima e a suspender os serviços em breve.
O projeto da nova rodoviária, que recebeu um investimento de R$ 120 milhões durante a gestão de Rui Costa (PT), prometia ser um empreendimento sustentável. O Consórcio Terminal Rodoviário de Salvador (CTRS), formado pelas empresas Sinart e AJJ Participações, venceu a licitação e também obteve os direitos comerciais do espaço.
No entanto, a AJJ deixou a obra devido a dificuldades financeiras, deixando a Sinart responsável pelo andamento do projeto. Desde então, as dificuldades financeiras têm se agravado. A Sinart já investiu pelo menos R$ 60 milhões na construção e esperava contar com um aporte adicional de R$ 15 milhões da Desenbahia para a conclusão. Sem esse apoio, a empresa enfrenta dificuldades para entregar a obra.
Apesar de buscar auxílio junto à Secretaria de Infraestrutura da Bahia, a Sinart não obteve sucesso até o momento. Com a prorrogação do prazo de conclusão, a nova rodoviária, que originalmente deveria estar pronta em novembro deste ano, agora tem previsão de conclusão para o mês de dezembro.
O novo terminal rodoviário de Salvador ocupará uma área de 200 mil metros quadrados e funcionará como um ponto central para o transporte rodoviário, incluindo ônibus metropolitanos, circulares, intermunicipais e interestaduais. A expectativa é que essa centralização contribua para a redução do congestionamento na cidade. O tamanho do terminal será triplicado em relação à rodoviária atual, passando de 22 mil metros quadrados para 70 mil metros quadrados.
A Secretaria de Infraestrutura da Bahia (Seinfra), juntamente com a Agerba, tem realizado reuniões frequentes com o Consórcio da Nova Rodoviária de Salvador para discutir questões relacionadas à obra, conforme informou em nota enviada ao Bahia Notícias. No entanto, a situação financeira delicada da empresa responsável coloca em dúvida a conclusão do projeto no prazo estipulado.
Fonte: Bahia noticias