Embaixadora brasileira em Washington destaca diálogo e convergência de valores com os Estados Unidos

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A embaixadora Maria Luiza Viotti, primeira mulher a liderar a Embaixada do Brasil em Washington, entregou suas credenciais ao presidente Joe Biden na última semana e compartilhou com o jornal Folha de S. Paulo sua perspectiva de que o Brasil e os Estados Unidos nem sempre concordarão em todos os assuntos. No entanto, ela ressalta que é natural haver divergências nas posições de ambas as nações em temas relacionados à Guerra da Ucrânia e à China. Ao mesmo tempo, Viotti observa uma sólida convergência em relação a valores fundamentais como democracia e direitos humanos.

A diplomata destaca que a relação entre os dois países é marcada por amizade e confiança, destacando a visita do presidente Lula como um exemplo disso. Ela reconhece que existem divergências em certas questões, como a Guerra da Ucrânia, na qual o Brasil condenou a invasão russa, mas também fez um apelo à paz, enfatizando a importância das negociações, uma ideia que o presidente Lula tem defendido fortemente.

Embora o posicionamento do Brasil em relação à guerra possa ter causado insatisfação nos EUA, para a embaixadora, o diálogo entre as duas nações é o aspecto mais relevante. Durante a entrevista ao jornal, Viotti mencionou semelhanças entre eventos como os atos golpistas de 8 de Janeiro no Brasil e o ataque ao Capitólio nos Estados Unidos, ressaltando a preocupação mútua com o fortalecimento da democracia e das instituições. Essa preocupação foi discutida durante a visita do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

Viotti reconhece que a cooperação para fortalecer as instituições e combater a desinformação continuará sendo uma parte importante da agenda entre os dois países. Ela também destaca a agenda climática compartilhada e o comprometimento demonstrado por Biden em trabalhar junto com Lula nesse tema.

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