A empresa R7 Facilities, encarregada das obras de manutenção no presídio federal de Mossoró (RN), onde ocorreram as primeiras fugas da história desse tipo de prisão, também mantém contrato com a Penitenciária Federal de Brasília.
Sob suspeita de envolvimento em um possível esquema de “laranjas”, a R7 Facilities está atualmente sob investigação. A empresa possui um contrato com a União no valor de mais de R$ 2 milhões (R$ 2.088.591,60) para fornecer serviços contínuos de apoio técnico e administrativo, atendendo às necessidades da penitenciária. O acordo permanece em vigor até 9 de março deste ano, conforme relatos do jornal Estadão e confirmação do portal Metrópoles, parceiro do Bahia Notícias.
A Penitenciária Federal de Brasília, onde a empresa opera, abriga o líder do Primeiro Comando da Capital (PCC), Marcola. A Polícia Federal já identificou três planos de fuga para libertar Marcola, sendo um deles interceptado em 2022, que envolvia um resgate cinematográfico no presídio federal de Porto Velho (RO).
Os fugitivos de Mossoró pertencem ao Comando Vermelho (CV), uma facção rival do PCC. Eles conseguiram escapar de uma unidade federal utilizando uma estratégia que está sendo investigada pela polícia.
O Ministério da Justiça e Segurança Pública, responsável pela administração das penitenciárias federais, anunciou que solicitará investigações aos órgãos federais competentes para avaliar a integridade da R7 Facilities. Apesar das suspeitas, o Ministério esclareceu que não há fundamentos legais para suspender ou rescindir contratos em vigor sem o devido processo legal.