O encerramento do desfile cívico do 2 de Julho, em comemoração ao bicentenário da Independência do Brasil na Bahia, foi marcado por grande emoção na Praça 2 de Julho, no Campo Grande. O momento mais aguardado foi a chegada do Fogo Simbólico e dos carros emblemáticos do Caboclo e da Cabocla. O prefeito Bruno Reis, juntamente com outras autoridades, participou do evento, que incluiu o hasteamento da bandeira e a colocação de flores no Monumento ao 2 de Julho, também conhecido como Monumento ao Caboclo.
A cerimônia contou com a presença da vice-prefeita Ana Paula Matos, do governador Jerônimo Rodrigues e do presidente da Assembleia Legislativa da Bahia, Adolfo Menezes. As bandas de Música da Marinha, Exército e Aeronáutica executaram o Hino Nacional, e a Esquadrilha da Fumaça realizou uma apresentação que encantou o público presente.
Durante o evento, o prefeito destacou a importância do 2 de Julho como uma data de referência e inspiração para todos os cidadãos. Bruno Reis ressaltou a coragem, força e garra dos heróis e heroínas que lutaram pela independência, incentivando as pessoas a enfrentarem os obstáculos e perseguirem a realização de seus sonhos, contribuindo para a transformação da cidade.
Um dos momentos mais emocionantes foi o acendimento da pira do fogo simbólico pela atleta paralímpica e campeã na natação, Verônica Almeida. O Coral da PM e a Banda de Música Wanderley da Polícia Militar da Bahia executaram o Hino ao 2 de Julho durante esse momento significativo. Verônica expressou sua emoção ao declarar que o fogo simbólico representa união, liberdade e a conquista do povo pela independência do Brasil na Bahia.
É importante ressaltar que esta foi a primeira vez em que uma atleta paralímpica acendeu a pira do fogo simbólico, o que possui um significado especial não apenas de liberdade, mas também de inclusão. O sentimento de liberdade e alegria presentes na Bahia foram descritos como indescritíveis por Verônica.
Diversas pessoas compareceram ao Campo Grande para acompanhar de perto esse momento histórico. Elisângela da Conceição, técnica de enfermagem de 50 anos, expressou seu orgulho de ser baiana e destacou a importância do evento, que representa a Bahia e o Brasil. A enfermeira Walkênia Araújo, de 49 anos, natural de Brasília, enfatizou a importância de presenciar a cerimônia e ter um contato direto com a história, que nem sempre é enfatizada nos livros.
Antes do encerramento do desfile cívico, o prefeito Bruno Reis participou de uma cerimônia alusiva aos 200 anos da Independência do
Brasil na Bahia, na sede do 2º Distrito Naval, ao lado do comandante vice-almirante Antônio Carlos Cambra. O evento incluiu o hasteamento das bandeiras do Brasil, da Bahia e de Salvador, recriando o feito ocorrido em 2 de julho de 1823, quando os homens liderados por João Francisco de Oliveira, conhecido como João das Botas, celebraram a retirada das forças portuguesas na Bahia.
As celebrações pelo bicentenário da Independência continuaram com um encontro de Filarmônicas coordenado pelo maestro Fred Dantas no Campo Grande. A partir das 17h30, seis orquestras se apresentaram, contando com a participação especial da cantora Irma Ferreira e da filarmônica da Guarda Civil Municipal de Salvador.
Às 18h, na Praça Cairu, no Comércio, o grupo BaianaSystem apresentou o Sambaqui em celebração à Independência. O evento contou com a participação da Orquestra Afrosinfônica, regida pelo maestro Ubiratan Marques, do bailarino Elivan Nascimento, das cantoras Rachel Reis, Cláudia Manzo e Liz Reis, do cantor Lazzo Matumbi, do rapper Vandal e dos Caboclos de Itaparica.