O Programa Nacional das Escolas Cívico-Militares (Pecim), que vinha sendo implementado em diversas escolas municipais do país, chegará ao fim nas duas instituições da Bahia, Escola Municipal Quinze de Novembro em Feira de Santana e Escola Municipalizada Carlos Santana em Vitória da Conquista. O Ministério da Educação (MEC) anunciou a decisão de encerrar o programa e reintegrar essas escolas à rede regular de ensino até o final do ano letivo.
Em nota técnica, o MEC justificou a medida, alegando desvio de finalidade das Forças Armadas na modalidade do programa. Além disso, apontou problemas de execução orçamentária e a possibilidade de mobilizar os investimentos em outras áreas prioritárias. Outro motivo citado foi a falta de coesão com o sistema educacional brasileiro e o modelo didático-pedagógico adotado nas escolas civico-militares.
Com o término do programa federal, as 202 escolas participantes, que abrangem aproximadamente 120 mil estudantes matriculados, não serão fechadas, mas sim readaptadas para seguir a administração e a metodologia da rede de ensino nacional. Essa transição exigirá esforços para garantir uma adaptação adequada e o alinhamento com os princípios e diretrizes da educação brasileira.
As escolas cívico-militares buscavam, através da participação de militares no ambiente escolar, promover valores como disciplina, patriotismo e cidadania. No entanto, sua implementação gerou debates e controvérsias, levantando questionamentos sobre a militarização da educação e a influência das Forças Armadas nesse contexto.
Agora, as escolas municipais da Bahia que faziam parte do programa terão que se adequar à estrutura da rede de ensino regular, respeitando as diretrizes pedagógicas e administrativas já estabelecidas. Resta acompanhar como será conduzido esse processo de readaptação e como os alunos, professores e demais profissionais envolvidos se adaptarão a essa nova realidade educacional.