Nesta última quinta-feira (24), Maciel Carvalho, que já foi empresário de Jair Renan Bolsonaro, foi detido novamente como parte de uma operação voltada ao combate à lavagem de dinheiro. A ação visa esclarecer possíveis ligações com atividades ilícitas envolvendo o filho do ex-presidente. Carvalho, conhecido por apresentar-se como professor de oratória e até pastor, costumava afirmar que a questão financeira não representava um obstáculo, segundo informações obtidas em uma entrevista concedida por um ex-assessor de Jair Renan ao colunista Guilherme Amado, do portal Metrópoles, em parceria com o Bahia Notícias.
Na ocasião anterior, a detenção de Maciel ocorreu em razão de acusações relacionadas à posse, porte e comércio ilegal de armas de fogo. A equipe policial encontrou a carteira de motorista de Jair Renan no escritório do ex-empresário. Diego Pupe, um influenciador digital e ex-assessor de Jair Renan Bolsonaro, revelou que o filho do presidente frequentava o espaço de Maciel com frequência.
Pupe compartilhou um episódio em que solicitou a ajuda de Maciel para aprimorar seu perfil no Instagram. Ao questionar sobre os custos, Maciel respondeu com a afirmação de que dinheiro não representava um empecilho e, para reforçar sua postura, exibiu o saldo de sua conta bancária. A quantia mencionada não foi revelada, mas Pupe deixou claro que impressionou pelo montante considerável. Ele também destacou a multiplicidade de habilidades que Maciel afirmava possuir, como ser advogado, coach, instrutor de oratória, especialista em tiro, empreendedor e até mesmo pastor. Pupe ponderou que essa diversidade de conhecimentos demandaria tempo e estudo consideráveis. Além disso, o ex-assessor mencionou a surpresa gerada por Maciel apresentar erros de português em suas comunicações cotidianas. Vale ressaltar que Maciel ministrou aulas de tiro tanto para Jair Renan quanto para sua mãe, Ana Cristina Bolsonaro.
Maciel Carvalho foi detido pela Polícia Civil do Distrito Federal na quinta-feira (24), enquanto Jair Renan Bolsonaro teve seus bens alvo de busca e apreensão. A operação foi desencadeada com o propósito de desmantelar um grupo suspeito de envolvimento em práticas de estelionato, falsificação de documentos, evasão fiscal e lavagem de dinheiro.