Decisão Judicial Bloqueia Recursos de Plataforma Conhecida por “Jogo do Aviãozinho” Divulgado por Personalidades
Completar 18 anos costumava ser associado a realizar atividades adultas, como obter a carteira de motorista ou comprar bebidas alcoólicas. No entanto, recentemente, atingir a maioridade tornou-se uma porta de entrada para um mundo perigoso: o dos jogos online.
Após a repercussão do “Jogo do Tigrinho”, a plataforma Blaze, famosa pelo “Jogo do Aviãozinho”, está sob investigação e teve mais de R$ 100 milhões bloqueados pela Justiça.
O jogo ganhou notoriedade ao ser promovido por celebridades como Neymar, Viih Tube, Bruna Biancardi, Sthe Matos, Arthur Aguiar, Cezar Black, Carlinhos Maia, Rodrigo Mussi, Jon Vlogs e Rico Melquiades. Segundo o Fantástico, a polícia coletou evidências de que os apostadores não estavam recebendo os prêmios anunciados pelas celebridades.
A investigação teve início após denúncias de apostadores que afirmavam não terem recebido os valores prometidos pela plataforma.
Assim como o “Jogo do Tigrinho”, o “Jogo do Aviãozinho” é ilegal no país. Na dinâmica online, os participantes apostam um valor e aguardam o aviãozinho subir; à medida que o avião aumenta, o valor do prêmio também sobe, sendo crucial para o apostador decidir quando encerrar o voo. Se a palavra “Crashed” aparecer, a aposta é perdida, e o valor vai para a plataforma.
Uma vítima relatou ao Fantástico: “Eu ganhei muito dinheiro, mais de R$ 100 mil. Saquei R$ 20 mil, o resto ficou lá. Era uma manipulação constante”.
Embora a Justiça tenha ordenado a remoção do site, a medida não foi eficaz. Um novo site foi criado para hospedar o jogo, impulsionado pela divulgação de blogueiros na web.
Outra vítima compartilhou sua experiência: “Um dia vi que estavam pagando bem, coloquei R$ 2.800 na plataforma e recebi R$ 98 mil. Ao tentar sacar, acusaram fraude e retiraram o dinheiro da minha conta”.
A Blaze, responsável pelo jogo, não possui sede nem representação legal no Brasil, dificultando a atuação da polícia brasileira. O Ministério Público de São Paulo solicitou o arquivamento do inquérito, e um juiz revogou a decisão de bloqueio do site.