O governador Jerônimo Rodrigues (PT) reiterou sua posição contrária à intervenção federal na segurança pública da Bahia e atribuiu a insistência da imprensa ao tema.
“Este assunto está encerrado para mim. Para vocês, não. Eu respeito vocês, mas não adianta insistirem com essa conversa, pois alguém pode dizer que ‘já existe intervenção'”, afirmou em resposta a questionamentos feitos pelo bahia.ba.
As declarações foram feitas durante uma agenda realizada na manhã desta quarta-feira (27) no bairro de Sussuarana, em Salvador.
Jerônimo Rodrigues explicou que, desde o início de seu mandato em 1º de janeiro, nomeou Marcelo Werner, da Polícia Federal, como seu secretário de Segurança Pública e o instruiu a manter diálogo com a Polícia Federal. O governador enfatizou que não previam a atual situação, com tentativas de ocupação por facções criminosas. Ele assegurou: “Na hora que for necessário estabelecer qualquer tipo de parceria, estaremos prontos para fazê-lo.”
O estado enfrenta um cenário de crescente violência, com confrontos entre facções e tiroteios em várias comunidades da capital. Em resposta, as forças de segurança intensificaram suas operações contra o crime organizado, resultando em mais de 40 mortes de suspeitos em alegados confrontos com a polícia apenas em setembro.
Ao rejeitar a necessidade de apoio federal, Jerônimo Rodrigues destacou que a Bahia enviou 90 policiais para auxiliar as forças de segurança do Distrito Federal durante os ataques de 8 de janeiro.
“Somos competentes”, concluiu Jerônimo.
