O Ministro do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar, Paulo Teixeira, expressou urgência em retomar a reforma agrária durante um encontro com a coordenação nacional do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) no sábado (27). Ele ressaltou a importância dessa bandeira política, destacando que o tempo político deles é o tempo da pressa.
O encontro ocorreu ao longo da semana na Escola Nacional Florestan Fernandes em Guararema, na Grande São Paulo, um centro de formação do MST que celebra 40 anos de fundação. Representantes dos sem-terra expressaram insatisfação com os limitados avanços na redistribuição de terras durante o primeiro ano do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva em uma entrevista coletiva mais cedo.
O Ministro afirmou que está preparado para superar obstáculos e liderar um programa que assegure terras para as famílias camponesas, tocando em todos os pilares da dificuldade histórica do Brasil em relação à reforma agrária.
Paulo Teixeira também abordou a questão da violência no campo, prometendo enfrentar os conflitos agrários e denunciar grupos violentos. Ele mencionou um ataque recente a uma comunidade indígena pataxó hã-hã-hãe no sul da Bahia, onde uma indígena foi morta. Teixeira destacou que não será tolerada violência contra movimentos indígenas, quilombolas e pela reforma agrária, e reafirmou o compromisso de combater aqueles que praticam tais atos.
O evento contou com a participação dos ministros Silvio de Almeida (Direitos Humanos e Cidadania), Luiz Marinho (Trabalho e Emprego), Márcio Macêdo (Secretaria de Governo e Secretaria-Geral da Presidência da República), além do Ministro Paulo Teixeira.