Nas primeiras horas desta terça-feira (25), os rodoviários da Região Metropolitana de Salvador (RMS) decidiram flexibilizar a greve, passando a operar com 50% da frota de ônibus. Essa decisão foi tomada após uma liminar deferida na noite de segunda-feira (24), que obrigou os grevistas a aumentarem o número de veículos circulando nas cidades afetadas.
O diretor de imprensa do Sindicato dos Rodoviários (Sindmetro), Catarino Fernandes, revelou que uma reunião está agendada para a tarde desta terça-feira com representantes do Ministério Público do Estado (MP-BA) para discutir os próximos passos da paralisação. “Vamos debater com o Ministério Público e com a categoria, acreditando que teremos um desfecho ainda hoje. Esperamos alcançar êxito”, disse ao Bahia Notícias.
Fernandes acrescentou que algumas cidades, como São Francisco do Conde, já podem ter mais de 50% da frota operando devido ao número de veículos disponíveis e à menor complexidade do sistema de transporte.
A greve tem como objetivo pressionar pelo pagamento das rescisões contratuais de 530 trabalhadores dispensados pelas empresas BTM, VSA e Linha Verde, que entraram em falência devido aos impactos da pandemia.
De acordo com o sindicato, o governo do estado deixou de efetuar os pagamentos dos trabalhadores por meio dos recursos da chamada PEC das Empresas, aprovada para auxiliar as empresas de ônibus afetadas pela pandemia da Covid-19 no país. O Sindmetro alega que o governo favoreceu o “Metrô” em detrimento de quitar os valores devidos aos demitidos das empresas falidas.
As cidades e localidades afetadas pela greve são Lauro de Freitas, Camaçari, Simões Filho, Candeias, Madre de Deus, São Francisco do Conde, Santo Amaro, São Sebastião do Passé, Dias D’Ávila, Mata de São João, Praia do Forte, Porto de Sauípe, Subaúma, Conde, Imbassaí, Rio Real e Arembepe.