Indiciamento de três investigados eleva tensão no inquérito do golpe de Estado

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A Polícia Federal (PF) indiciou nesta quarta-feira (11) mais três pessoas no inquérito que investiga a tentativa de um golpe de Estado durante o governo do ex-presidente Jair Bolsonaro.

Entre os novos indiciados estão Aparecido Andrade Portela, militar da reserva e suplente da senadora Tereza Cristina (PL-MS); Reginaldo Vieira de Abreu, ex-chefe de gabinete do general Mario Fernandes, acusado de planejar ações para viabilizar o golpe; e Rodrigo Bezerra de Azevedo, militar suspeito de monitorar ilegalmente o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF).

Com essas novas acusações, o total de indiciados no caso chega a 40, incluindo o próprio ex-presidente Bolsonaro e seus ex-ministros Braga Netto e Augusto Heleno.

Segundo o relatório enviado ao ministro Alexandre de Moraes, que é relator do caso no STF, Aparecido Portela teria intermediado o contato entre o governo de Bolsonaro e financiadores de atos antidemocráticos em Mato Grosso do Sul, em 2022. Em mensagens analisadas pela PF, ele usou o termo “churrasco” como código para o golpe de Estado. As investigações também mostram que ele visitou o ex-presidente ao menos 13 vezes no Palácio do Alvorada no último mês de seu mandato.

Reginaldo Vieira de Abreu, por sua vez, é acusado de disseminar informações falsas sobre o sistema eletrônico de votação e de ajudar a manipular um relatório das Forças Armadas, alinhando-o com dados falsificados divulgados por outros membros do grupo investigado.

Já o militar Rodrigo Bezerra de Azevedo teria participado de ações clandestinas para monitorar e, segundo a PF, planejar a prisão ou execução do ministro Alexandre de Moraes em dezembro de 2022. As provas levantadas apontam para sua atuação em um núcleo operacional do grupo.

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