Na madrugada desta quarta-feira, 31 de julho, o chefe do grupo palestino Hamas, Ismail Haniyeh, foi morto em um ataque aéreo em Teerã, Irã. O Hamas confirmou a morte de Haniyeh, mas não revelou detalhes sobre as circunstâncias do assassinato. A Guarda Revolucionária do Irã também confirmou o incidente, informando que Haniyeh e um de seus guarda-costas foram mortos em um ataque que atingiu a residência do líder, localizada no norte da capital iraniana.
O ataque ocorreu às 2h da manhã em Teerã (20h de terça-feira em Brasília). A Guarda Revolucionária descreveu o incidente como um “martírio” e anunciou que está investigando o caso.
O assassinato de Haniyeh ocorreu no mesmo dia em que Israel bombardeou Beirute, Líbano, matando Fuad Shukr, o número dois do Hezbollah. As Forças de Defesa de Israel confirmaram a morte de Shukr em resultado do ataque.
Haniyeh estava em Teerã para a cerimônia de posse do presidente Masoud Pezeshkian, que contou com a presença de várias figuras internacionais, incluindo o vice-presidente brasileiro, Geraldo Alckmin. Imagens mostraram Alckmin ao lado de Haniyeh pouco antes do ataque.
O Hamas condenou o assassinato como um “ataque aéreo traiçoeiro” e prometeu retaliação. Moussa Abu Marzouk, um alto funcionário do grupo, chamou o ataque de covarde e garantiu que não ficará impune. A TV Al Mayadin reportou que o líder supremo do Irã, Ali Khamenei, declarou que o Irã tem o dever de vingar a morte de Haniyeh, referindo-se a ele como “martirizado” em território iraniano.
Este assassinato acirra as tensões no Oriente Médio, indicando uma escalada significativa nas hostilidades entre as principais potências da região, com potenciais implicações graves para a estabilidade regional.