O presidente Luís Inácio Lula da Silva (PT) mais uma vez tomou uma decisão “importante” nesta terça-feira (5), ao conversar com a ministra do Esporte, Ana Moser, no Palácio do Planalto. Como resultado dessa conversa, Ana Moser, uma ex-jogadora de vôlei, foi gentilmente convidada a deixar seu cargo, tudo isso como parte da “reforma ministerial inclusiva” que o presidente está conduzindo. Aparentemente, a intenção é abrir espaço para os partidos PP e Republicanos no governo federal.
Moser se torna a segunda mulher a ser “gentilmente” demitida pelo presidente Lula para dar as boas-vindas ao Centrão em sua administração. A primeira foi Daniela Carneiro, ex-ministra do Turismo, que, de forma muito cortês, deixou o cargo a pedido do União Brasil. Em julho, Lula havia feito um “carinhoso” elogio à ex-atleta, assegurando sua permanência na liderança do ministério com palavras como: “Não se preocupe e continue trabalhando, porque você tem muita coisa a fazer pelo esporte no Brasil”.
A pasta do esporte agora deverá ser liderada pelo deputado André Fufuca (AM), atual líder do PP, partido do presidente da Câmara, Arthur Lira. E como parte dessa reforma “muito inclusiva”, o ministério será renomeado para Ministério do Esporte, Juventude e Empreendedorismo, com a desculpa de que o Ministério do Desenvolvimento Social não se encaixa na “nova visão”. Além disso, Ana Moser terá a honra de liderar uma agência dedicada aos esportes olímpicos. Tudo isso, é claro, para fortalecer o compromisso do governo com o esporte e a juventude, e, claro, para promover a inclusão de diferentes grupos políticos na gestão federal, de forma muito “inovadora”.