Milei x Massa: Argentina decide futuro em eleição polarizada

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Neste domingo, cerca de 35 milhões de cidadãos argentinos foram convocados para participar das eleições presidenciais. A disputa acirrada do segundo turno envolve dois candidatos: Javier Milei, representante da A Liberdade Avançada, com orientação ultraliberal, e Sergio Massa, do partido União pela Pátria, com uma abordagem de centro-esquerda no espectro político.

A situação é considerada polarizada, especialmente em meio à crise econômica enfrentada pelo país. Diversas pesquisas indicam uma competição acirrada, com alguns levantamentos mostrando Milei na liderança por alguns pontos percentuais, enquanto outros indicam um empate técnico. Especialistas destacam que os eleitores indecisos desempenham um papel crucial nessa eleição.

As votações começaram às 8h e encerraram às 18h, seguindo o fuso horário de Buenos Aires equivalente ao de Brasília, conforme informações do Uol. Os resultados não oficiais podem ser divulgados ainda hoje à noite, mas a confirmação definitiva do próximo presidente pode ser adiada nos próximos dias, pois a contagem final dos votos inicia 48 horas após o fechamento das seções eleitorais.

No primeiro turno, realizado em 22 de outubro, Sergio Massa, atual ministro da Economia, surpreendeu ao obter 36,7% dos votos válidos, enquanto Javier Milei conquistou 29,9%. Patricia Bullrich, terceira colocada, com 23,8% dos votos, declarou apoio a Milei no segundo turno.

Segundo o Focus Group da Universidade de Buenos Aires, o primeiro turno registrou uma participação eleitoral de 77% e uma taxa de votos brancos de 21%.

Javier Milei, de 52 anos, é considerado um voto de protesto e lidera um grupo que inclui negacionistas da ditadura, sendo comparado a Jair Bolsonaro, ex-presidente do Brasil. Massa, de 51 anos, buscou conquistar os indecisos nos últimos dias com mensagens de apaziguamento, prometendo superar as divisões políticas por meio de um “governo de unidade” e apelando para o “voto útil” em prol da estabilidade do país, que completará 40 anos de democracia ininterrupta quando o novo governo assumir em 10 de dezembro.

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