Nesta quarta-feira (26), o ministro Fernando Haddad (PT) reiterou sua defesa pela taxação dos super-ricos, abrangendo os investimentos de alto rendimento realizados em fundos exclusivos. A proposta visa incluir essa cobrança a partir do come-cotas, estabelecendo taxas semestrais sobre os rendimentos desses investimentos.
Haddad enfatizou que a intenção não é tomar algo de alguém, mas sim cobrar impostos sobre os rendimentos obtidos por meio desses fundos. Ele comparou a situação à tributação que os trabalhadores comuns enfrentam em relação ao imposto de renda. Segundo o ministro, não faz sentido permitir que uma pessoa com um patrimônio de R$300 milhões, cujos rendimentos prosperam, possa usufruir de um paraíso fiscal exclusivo. Ele argumentou que o Brasil não deve continuar criando condições favoráveis para aproximadamente 2 mil famílias em detrimento do restante da sociedade.
As declarações foram feitas durante uma entrevista ao Jornal Metrópoles. Além de abordar a taxação dos super-ricos, Haddad também comentou sobre a aprovação de medidas de ajuste fiscal. Ele destacou que, embora reconheça que a última palavra cabe ao Congresso, caso essas medidas não sejam aprovadas, será necessário encontrar outras soluções para ajustar a situação financeira do país.
O posicionamento do ministro Fernando Haddad visa fomentar a discussão sobre a necessidade de equidade na carga tributária e a busca por soluções para promover um desenvolvimento econômico mais justo e sustentável.