O Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) tomou a decisão de ocupar pela segunda vez uma fazenda da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) em Petrolina, cidade na divisa com Juazeiro, no norte do estado, em uma manifestação que ocorreu nesta segunda-feira (31). Essa ação vem como resultado de uma assembleia realizada no último domingo (30), em que foi decidida a reocupação.
A principal razão por trás dessa ação do MST é a acusação de que o governo do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva não cumpriu os acordos firmados após a ocupação de terras federais em abril de 2023, durante a Jornada Nacional de Luta pela Terra e Reforma Agrária.
O movimento também denuncia o Ministério do Desenvolvimento Agrário e a própria Embrapa de não terem cumprido sua parte no acordo estabelecido em abril. Esse acordo incluía o assentamento das 1550 famílias na região e o destaque de 2 mil hectares de terras da Embrapa para a reforma agrária.
A reocuapção da fazenda é uma forma de protesto do MST para chamar a atenção para a falta de avanços concretos em relação à reforma agrária e ao assentamento das famílias que aguardam há tempos por uma oportunidade de viver dignamente no campo. A situação evidencia as tensões existentes entre movimentos sociais e as instituições governamentais responsáveis por promover mudanças significativas no cenário agrário do país.
